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segunda-feira, 10 de junho de 2013
sexta-feira, 7 de junho de 2013
Cry Baby Lane
Como eu disse, embora a grande maioria dos contos da creepypasta seja
mentiras muito criativas, hora ou outra aparece uma verdadeira. É o caso
de Cry Baby Lane.
Em 28 de outubro do ano de 2000, a
Nickelodeon lançou um filme de terror feito somente para televisão,
chamado Cry Baby Lane. O filme só foi ao ar uma vez, e desde então tem
sido desmentido pela rede. Acabou ficando na obscuridade e quase
desaparecendo por completo desde seu lançamento original. A própria
Nickelodeon negou o filme que exibiu e ninguém sabe o porquê.
Com o tempo e as constantes negações
do canal de Tv, os internautas acreditaram que o tal filme realmente não
existiu. Assim como ocorrido em Candle Cove, havia grupos de pessoas
que defendiam a existencia do filme e outros que debochavam e
satirizavam dizendo que tudo não passava de uma grande invenção.
Por fim, para azar do canal, algum
telespectador gravou o filme em VHS e converteu para o computador:
resultado, jogaram na rede e o filme existe! O problema que levou o
canal a encobrir foi descoberto: o filme foi considerado muito
perturbador para as crianças de 10 anos de idade, faixa no qual a
emissora classificou o filme. Houve tantas reclamações dos pais, que a
Nick decidiu que o melhor era varrer tudo para baixo do tapete.
Dirigido por Peter Lauer, Cry Baby
Lane segue a história de Andrew e seu irmão mais novo Carl, que adoram
ouvir histórias de fantasmas contadas por um agente funerário local.
Certa noite, o agente narra o conto sobre um fazendeiro, cuja esposa
havia dado luz à gêmeas siamesas. Com o passar do tempo uma das gêmeas
revelou uma natureza bondosa, mas a outra era claramente maligna. Certo
dia, por medo dos atos que as gêmeas praticavam, ele as trancafia em seu
próprio quarto, e eventualmente as duas morrem vítimas de uma doença. O
fazendeiro então serra as gêmeas ao meio, enterrando a gêmea bondosa em
um cemitério e a maligna em uma cova rasa próxima à casa. Ao ouvirem
essa história os dois irmãos decidem fazer um ritual espiritual para
chamar a gêmea bondosa, mas acabam acidentalmente invocando a gêmea
maligna, que acaba por possuir praticamente todas as pessoas da cidade.
Logo de início os pais acharam, por
motivos óbvios, que os temas abordados nesse filme eram um tanto quanto
“pesados” para crianças. Pouco tempo depois foram descobertas imagens
perturbadoras que estariam “teoricamente” inseridas no filme (e eles
pegaram pesado mesmo, até o sons inaudíveis, técnica usada em “O
Exorcista” para aumentar o medo foram usados). Tirando isso, ninguém
nunca encontrou mais nada relacionado ao filme por um longo tempo, e com
isso, ele fora considerado oficialmente inexistente. Virou uma lenda
urbana.
Uma década após o nascimento desta lenda urbana, a garota conhecida em fóruns da internet pelo nick de “firesaladpeach”
postou no YouTube o tenebroso filme. Sim, ela teve a audácia de
gravá-lo em uma fita de VHS e agora conseguiu divulgar este mito pelos
quatro cantos da web. Infelizmente, o filme já fora removido do Youtube
por infringir direitos autorais da Viacom, mas no meio tempo já fora
disponibilizado para download por diversos sites de hospedagem. Você
pode baixa-lo no link abaixo:
Vale lembrar que algumas pessoas
afirmam que o filme que circula na internet é a versão “amenizada”. O
filme original que foi exibido na TV permanece desaparecido. O filme
passou por vários filtros e teve diversas cenas cortadas e censuras. Se
você assistir irá perceber que não é um filme tão assustador assim…. mas
para uma criança de 10 anos, é bem pesado.
Foto do Celular
A história cavernosa da foto do celular:
“Anos atrás, a prima do meu
amigo (uma mãe solteira) ganhou de aniversário um novo celular. Após um
longo dia de trabalho ela pôs seu celular na mesa e começou a assistir
TV, quando, após vir do colégio, seu filho veio a ela e perguntou se ele
poderia brincar com o aparelho novo. Ela permitiu, mas disse a ele que
não ligasse para ninguém ou mandasse mensagens de texto, ao que ele
imediatamente concordou.Por volta das 11:20 da noite, quando ela se
cansou de assistir TV, decidiu chamar seu filho e ir dormir. Andou até o
quarto dele, apenas para ver que ele não estava lá. Então foi para seu
próprio quarto para achá-lo dormindo em sua cama com o celular na mão.
Navegando por seu celular, ela percebeu apenas pequenas mudanças como um
novo papel-de-parede, toque de chamada, etc. e navegou para a seção de
fotos.Começou deletando as últimas fotos pegas até quando chegou à
última imagem. Quando viu aquilo pela primeira vez, não pôde acreditar.
Era seu filho, dormindo em sua cama, mas era como se a foto tivesse sido
tirada por alguém além dele. Era a metade esquerda de algo que
aparentava ser o rosto de uma mulher idosa.”
LSD: Dream Emulator
Há alguns anos atrás, enquanto eu
procurava por jogos paranormais ou assustadores, eu esbarrei com um de
origem Japonesa, totalmente obscuro e feito para Playstation chamado
“LSD: Dream Emulator”. Apesar de ter sido lançado em um número limitados
de cópias, vários sites disponibilizavam para download. Obviamente, eu o
baixei, converti, e comecei a jogar.
Infelizmente o ISO estava corrompido –
ou tinha sido ripado errado – pois eu não conseguia nada além da tela
de título e, quando consegui algo mais eu via uma mistura bagunçada de
cores e um som estranho, como estática de rádio. Eu tentei re-baixar o
ISO várias vezes,tentando de sites diferentes, mas toda a vez acontecia a
mesma coisa. Cores estranhas, e barulho confuso de estática. Tentei
colocar varias perguntas em sites de jogos, mas raramente alguém já
havia ouvido falar no jogo, e quase ninguém tinha jogado. Descobri então
que o jogo tinha um grupo de seguidores, aqui e no Japão, e depois de
muito procurar achei um grupo de fãs no Yahoo dedicado ao jogo.
Eu postei uma pergunta, querendo saber
se alguém tinha dado um jeito de fazer o jogo funcionar em emuladores.
Então alguns dias depois eu recebi uma resposta.
“Olá. eu fui membro de um dos grupos
que lançou o LSD ripado. Nós conseguimos ripar com sucesso, mas nunca
conseguimos fazer com que ele funcionasse em emuladores, apenas no
hardware original. ”
A partir desse ponto, eu tinha
praticamente desistido. Eu não tinha um console de Playstation, e minha
fixação por algo era curta, e eu já tinha começado a me concentrar em
outras coisas, como Eversion e Yume Nikki.
Então, no começo desse ano, o LSD foi
lançado na Network Japonesa do Playstation. Eu então lembrei o quanto eu
tinha tentado jogar, até mesmo procurado no eBay algumas vezes, na vaga
esperança de achar uma cópia barata.
Então, fiz uma conta, um cartão JPN
PSN, e comprei o jogo. Depois de baixar e instalar, eu comecei a
jogá-lo. O logo da Playstation apareceu normalmente, mas com o SCEI
junto, sendo que era um jogo Japonês. Não havia tela de copyright, mas
eles haviam retirado de vários outros jogos também.
O vídeo da intro começou a rodar
depois disso. Várias palavras diferentes e coloridas pularam pela tela,
formando “Linking the Sapient Dream” (N.T: Ligando o Sonho Sapiente, em
tradução livre.) várias vezes (aparentemente isso era o que significava
LSD).
Eu apertei o botão de circulo, e o
jogo foi para a tela de título. Não havia nenhuma tela de “Press Start”,
ia direto para uma com 4 opções. Start, Salvar, Carregar, e Opções. Em
baixo do Start havia uma linha com texto, dizendo que dia você esteve
lá. Aparecia então “a DIA 01″
Apertei Start.
Uma coisa que eu tinha aprendido com
aquele grupo do Yahoo, é que o primeiro dia começava em uma casa
japonesa, com três andares. O conteúdo da casa era aleatório. O jogo
inteiro era jogado em visão de primeira-pessoa.
Eu andei pelo corredor onde comecei, e
fui até uma estante de livros, quando a tela começou a ficar branca. A
coisa estranha sobre esse jogo é que você pode interagir com qualquer
coisa. Andar até qualquer objeto manda você para um novo lugar, o que o
jogo chama de “Conectar”.
O branco foi sumindo e eu estava em um
campo. Eu não conseguia ver em uma distancia muito grande, pois a maior
parte da área estava com uma grossa neblina. Os gráficos eram bem
básicos, quase não tendo textura neles. Andei em frente, eventualmente
batendo em uma árvore, o que me mandou para outro lugar.
Agora, as coisas tinham ficado mais
sinistras. Eu estava em uma cidade escura, em cima de um píer de metal.
Um barco apareceu entre a neblina na água, e postes de luz iluminavam as
ruas. Eu andei pela estrada e me deparei com várias ruas. Graffiti
cobria algumas paredes, estranhos multicoloridos olhando para mim. Então
eu ouvi um barulho e a tela piscou rapidamente. Eu virei pra trás.
Atrás de mim, havia um homem. Ele
estava usando um chapéu cinza e um casaco longo. Ele veio andando
lentamente até mim, quase como se deslizasse no chão.
Eu tentei andar para trás, para desviar, mas meu controle não estava respondendo. E ele estava chegando cada vez mais perto.
Por um milésimo de segundo, dois pontos vermelhos apareceram por baixo de seu chapéu, então a tela piscou de novo.
Dessa vez eu estava de volta na casa.
Entretanto,algo havia mudado.
As textura das paredes não eram mais as mesmas, haviam sido trocadas por imagens
de violência real. Mulheres sendo estupradas, crianças dilaceradas,
Canibalismo, um japonês esmagando os próprios dedos com um martelo.
Enquanto eu me movia para dentro da
casa, as imagens ficavam pior, e a musica ficou distorcida e diminuindo
lentamente. O corredor era mais longo do que antes, e estava
escurecendo.
Eu sabia o que estava no fim do corredor.
Era Ele.
Eu segui em frente, o ácido estomacal
na minha garganta lutando contra a ânsia de vomito, assim que as fotos
subiam a níveis extremos de obscenidade e violência. Alguns passos a
frente, um homem removendo as pernas de um menininho. Um pouco mais, uma
mulher grávida arrancando e cortando seu próprio feto. Um pouco mais
ainda, um grupo de homens cortava uma vaca em pedaços, envolvendo os
órgãos internos em seus corpos. Perto do fim, pessoas sendo forçadas a
comer pedaços de um cadáver infantil, vomitando enquanto comiam.
Finalmente, eu cheguei no final do corredor.
A tela escureceu e uma linha de texto apareceu.
Eu escrevi o link rapidamente e uns segundos depois, a tela clareou até retornar aparecer o título.
Nesse momento o status marcava ”D dIa 00″
Eu tentei escolher o Start de novo,
mas o jogo não me deixava continuar. Eu reiniciei meu PS3, e o status
voltou para “a DIA 01″.
Antes de jogar novamente,
eu tentei o link. Ainda funcionava, e a pagina apareceu, escrita toda em
Japonês. Mais abaixo na página, havia uma imagem do homem Cinza, como ele havia aparecido. Eu não sei ler
japonês, mas um dos meus amigos sabia. Ele viveu no Japão por alguns
anos, então ele podia ler e falar a língua fluentemente. Eu copiei os
escritos e chamei ele para minha casa.
Depois que ele apareceu, eu passei a
hora seguinte explicando para ele o que tinha acontecido. Obviamente,
ele não acreditou em mim. Quem iria? Mas ele concordou em dar uma olhada
no escritos da página.
Depois de varias tentativas, eu não
consegui fazer com que a página aparecesse de novo, então dei para ele a
cópia que eu tinha feito.
Ele olhou por alguns minutos a cópia e então ficou pálido. Ele devolveu para mim e sentou no sofá.
Ele não falou nada nos 5 minutos seguintes, então ele me disse o que dizia.
“Se você está lendo isso, muito bem.Você viu o homem como ele é.O que ele fez comigo enquanto eu dormia, enquanto eusonhava o seu pesadelo obscuro, Você tambémos viu. Aquelas imagens violentasdele. Ele não tem forma, apenas ohomem dos sonhos. Ele causou tudo isso, estesinocentes, e possessivos. Ele os fez fazerisso. Ele me fez fazer aquele jogo.CINZACINZACINZACINZACINZACINZA”
Assim que meu amigo terminou, ele se
levantou, pegou seu casaco, e disse “Seja lá o que você viu nesse jogo,
não me conte nada.” Então saiu.
Na semana seguinte ele voltou para o
Japão. Eu não consegui jogar aquele jogo novamente, pois estava um pouco
apavorado. Algumas semanas depois de meu amigo ir para o Japão eu
recebi uma ligação: Ele tinha matado um homem, e então cometeu suicídio.
O homem que ele havia matado era Osamu Sato, que era o designer principal do LSD.
(E sim, esse jogo REALMENTE existe)
Lua Pálida
Na última década, tornou-se muito fácil
conseguir o que se quer, através de só alguns cliques. A internet fez
tudo simples demais, e qualquer um pode usar um computador e alterar a
realidade. Uma abundância de informação está meramente a um clique de
distância, ao ponto em que é impossível imaginar a vida sendo diferente.
Ainda assim, uma geração atrás, quando
as palavras “streaming”(fluxo) ou “torrent”(torrente) não tinha sentido,
a não ser que fossem ditas em uma conversa sobre água, as pessoas
precisavam se encontrar cara a cara para trocar softwares,
programas,jogos de cartas e cartuchos.
É claro que a maioria desses encontros
eram entre grupos de pessoas que trocavam jogos populares entre si como
King’s Quest ou Maniac Mansion. Entretanto, pouquíssimos programadores
conseguiam fazer seus próprios jogos para dividir entre esses círculos,
que em troca passariam o jogo adiante se fosse divertido, bem desenhado e
independente o suficiente. Esses jogos tinham fama de serem raros
artefatos buscados por colecionadores pelo país todo. Era o equivalente a
um vídeo viral nos anos 80.
Lua Pálida entretanto nunca havia saído
da área da baia de São Francisco. Todas as cópias conhecidas estavam por
lá. Todos os computadores que já tinham usado o jogo eram de lá. Esse
fato se dá pelo seu programador ter feito pouquíssimas cópias.
Lua Pálida era um jogo
“texto-aventura” no estilo Zork e The Lurking Horror, foi feito na exata
época em que esse estilo estava saindo de moda. Ao iniciar o programa, o
jogador era apresentado a uma tela quase vazia, exceto pelo texto:
-Você está em uma sala escura. Luz do luar brilha pela janela.
-Há OURO no canto, junto a uma PÁ e uma CORDA.
-Há uma PORTA para o LESTE.
-Comando?
Então começa o jogo que certa vez um
escritor de uma fanzine descreveu como “enigmático, sem sentido, e
totalmente injogável”. Ao que o jogo só apresentava os comandos PEGAR
OURO, PEGAR PÁ, PEGAR CORDA, ABRIR PORTA, IR AO LESTE, o jogador recebia
as seguintes instruções:
-Pegue sua recompensa.
-LUA PÁLIDA SORRI PARA VOCÊ.
-Você está na floresta. Existem três caminhos. NORTE, OESTE e LESTE.
-Comando?
O que rapidamente frustrou os poucos que
jogaram o jogo foi o confuso e tiltado comportamento da segunda fase em
diante – somente um dos comandos direcionais era o certo. Por exemplo,
nessa ocasião, o comando para ir em qualquer direção que não fosse o
NORTE faria o sistema congelar, fazendo obrigatório a reinicialização do
computador.
Adiante, qualquer fase subsequente era
tão somente uma repetição dos comandos anteriores, excetuando que eram
somente as opções de direção que estavam disponíveis. Ainda pior, os
comandos clássicos de qualquer jogo de texto-aventura pareciam inúteis. A
única ação aceita que não envolvia movimentos era USAR OURO, que
ocasionava o jogo a mostrar a seguinte mensagem:
-Não aqui.
USAR PÁ, que mostrava:
-Não agora.
E também USAR CORDA, que fazia surgir o texto:
-Você já usou isso.
A maior parte de todos que
jogaram o jogo avançaram algumas fases até se enfastiarem com o fato de
precisarem re-iniciar o computador o tempo todo e jogar
o disco longe, descrevendo a experiência como uma interface porcamente
programada. Entretanto, há uma verdade sobre o mundo dos computadores
que é imutável, em qualquer Era: algumas pessoas que usam sempre vão ter
muito tempo livre a sua disposição.
Um jovem rapaz chamado Michael Nevins
decidiu descobrir se havia mais Lua Pálida do que podia se ver a olho
nu. Após cinco horas e trinta e três fases de tentativas e muitos cabos
de computador desconectados, ele finalmente conseguiu fazer o jogo
mostrar um texto diferente. O texto na nova área era:
-LUA PÁLIDA SORRI ABERTAMENTE.
-Não há caminhos.
-LUA PÁLIDA SORRI ABERTAMENTE.
-O chão é macio.
-LUA PÁLIDA SORRI ABERTAMENTE.
-Aqui.
-Comando?
Passou-se quase outra hora até que
Nevins tropeçasse na combinação apropriada de frases que fariam com que o
jogo prosseguisse; CAVAR BURACO, DESCARTAR OURO, então TAMPAR BURACO.
Isso fazia com que a tela mostrasse:
-Parabéns
—-40.24248—-
—- -121.4434—-
Ao que o jogo cessava de receber comandos e fazia o jogador ter de re-iniciar o computador uma última vez.
Após alguma deliberação,
Nevins chegou a conclusão que os números referiam-se a linhas de
latitude e longitude — as coordenadas levavam a um ponto na floresta
crescente que dominava as adjacências próximas a o Parque Vulcânico Lassen. Como ele tinha muito mais tempo do que noção do perigo, decidiu ir ver o fim de Lua Pálida.
No dia seguinte, armado de um mapa, um
compasso e uma pá, ele andou pelas trilhas do parque, percebendo
impressionado como cada curva que ele fazia era exatamente igual as
curvas do jogo. Após ter inicialmente se arrependido de ter trazido a
ferramenta de escavação como que por puro instinto, ele acabou se
convencendo de que sua jornada que tinha uma semelhança incrível com a
do jogo poderia levá-lo a encontrar um excêntrico tesouro enterrado.
Sem fôlego após muita caminhada em busca
das coordenadas, surpreendeu-se ao literalmente tropeçar em um monte de
terra revirada. Cavando tão animado como ele estava, é de se entender o
jeito como ele se jogou para trás em surpresa quando seus esforços o
levaram a se deparar com uma cabeça em início de decomposição de uma
menininha loira.
Nevin prontamente passou as informações
para as autoridades. A garota foi identificada como Karen Paulsen, onze
anos, dada como perdida para o Departamento de Polícia de São Diego a
mais ou menos um ano e meio.
Esforços foram feitos para se encontrar o
programador de Lua Pálida, mas os rastros da comunidade de troca de
jogos e programas se perdiam e sempre acabavam de volta ao ponto de
partida.
Colecionadores chegaram a oferecer mais de 6 mil dólares em uma cópia do jogo.
O resto do corpo de Karen nunca foi achado.
Existência
Bem, o que relatarei aconteceu com uma
ex professora minha de faculdade, aliás, pessoa que tinha uma visão
muito abrangente e clara dos fenômenos que abrangem a pluralidade das
existências. Esta minha professora sempre teve muita dificuldade para
engravidar, chegando a fazer tratamentos diversos, mas nunca conseguiu,
Até certo dia…
Nos idos anos 90, ela descobriu-se
grávida, fato confirmado em exame de sangue, logo nas 8 primeiras
semanas gestacionais… A gestação trouxe muita alegria a ela e ao marido,
mas trouxe junto um receio, um medo do tesouro tão esperado ser perdido
devido às complicações naturais das gestações de maior risco.
Devido este medo, apenas seu esposo e
sua mãe ficaram sabendo da gravidez, e se comprometeram a guardar
segredo até que esta estivesse difícil de esconder, devido ao
crescimento uterino; porém, às vezes a vida prega surpresa. Duas semanas
após, ocorreu o tão terrível abortamento, que foi um duro golpe para
sua família…
Após 18 meses, eles foram agraciados com
uma nova gestação, que graças a Deus foi a termo, e originou uma menina
linda, de nome Ana Júlia.
Um belo dia, no momento com 6 anos de idade, a Ana chega para minha professora, e diz:
- Mamãe, você teria tido outro filho antes de mim, né?
A minha professora ficou bastante
surpresa, afinal combinara com todos para que o assunto fosse enterrado,
tamanha fora sua dor e decepção, e não queria que sua pequena soubesse
desse tipo de assunto tão cedo, e assim, tentando descobrir quem era o
(a) linguarudo (a), pergunta:
- Quem te disse isso, Aninha?
E a pequena responde:
- Ninguém, mamãe… Não vim naquele momento porque eu não estava pronta.
O espelho
Na parte dos depoimentos, existe um no mínimo sinistro, que fala
sobre Espelhos. O jovem ou a jovem de nome em forma de sigla S.M. relata
o seu terrível caso:
S.M.Não posso mais guarda isso comigo. Já tentei falar para outras pessoas mas elas acham que estou ficando louco. Tempo atrás, durante um noite chuvosa, estava em casa, a luz de velas, a energia havia sido cortada devido a forte tempestade e a luz que clareava parte do meu quarto vinha dos trovões que lá fora cruzavam o céu. Sempre morei sozinha, nunca tive problema com isso…. até aquela noite.Não sei o porquê, ou quem são, ou o que são mas eles apareceram em meio aos barulhos dos relâmpagos. Minha casa era coberta de espelhos, sempre gostei deles, talvez seja um pouco narcisista, mas gostava de ficar sempre frente ao espelho, observando minha própria imagem. E a minha imagem sempre me agradava, exceto naquela noite.Era umas duas horas da manhã quando acordei com sede. Levantei e fui rumo a cozinha, atravessando o corredor. Passei pelo espelho e tive a impressão de não ter visto minha imagem. Voltei. Ela estava lá. Percebi que tinha uma marca vermelha no meu rosto e me aproximei do espelho para ver com maior facilidade. E vi! Mas não eu, quanto mais próximo do espelho, mais a minha imagem mudava e uma criatura deformada tomava o lugar. Era algo surreal. Corri para o quarto. Deitei, me escondi embaixo das cobertas. Nesse instante lembrei que o meu quarto estava cheio de espelhos. Fiquei atormentada e sustentei o dilema entre olhar ou não, até o dia clarear.No outro dia, juntei todos os espelhos que encontrei e joguei no lixo. Passei um dia daqueles no trabalho por não ter dormido a noite. Cheguei em casa e não pensei duas vezes, fui direto para cama. No outro dia, quando fui pentear o cabelo, notei que não tinha mais espelhos na casa, também pudera, joguei todos no lixo. Mas eu precisava de um espelho agora. Lembrei que tinha um da mão guardado na caixa de bugigangas, que estava na dispensa. Peguei a caixa, abri e procurei o espelho. Quando achei, vi que tinha algo escrito nele, como se estivesse sido riscado pelo lado de dentro. Comecei a ler e a mensagem me atormenta até hoje. Estava escrito: “”Por favor traga os espelhos de volta, nós gostamos de te ver dormir.”
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